01:40 da manhã de o1 março 64. Acabara de verificar as horas no meu Mido Ocean star. Depois da namorada, este relógio era uma joia preciosa. Um relógio de marca famosa que seria dificil encontrá-lo a venda em qualquer loja do ramo. Comprei na cidade de Boa Vista em março de 63, apesar de não ter sido importado legalmente "pagando impostos", porque em Roraima, tudo era dificil, não se considerava contrabando qualquer material vindo do exterior. O mercado que nos abastecia, tudo de primeira qualidade, desde a farinha de trigo, roupas, leite, motocicletas e até carros, vinham da Inglaterra e, eram trazidos até a cidade de Lethem fronteira norte do Brasil. Naquela época havia apenas um vôo mensal vindo de Belém. Um pequeno avião chamado C 47, cujo transporte de carga era limitadíssimo. As outras mercadorias, vinham por água, pelo Rio Branco e demorava muitas vezes mais de 30 dias. Essa minha joia rara que usava braço direito" era um estilo que chamava mais atenção", era sempre um objeto de cobiça por pessoas que o viam, e faziam propostas super tentadoras. MARY são 01:40. Vamos tentar sair desse local. Estou preocupado, voçê nunca chegou tão tarde em casa, seus pais devem estar pensando que tomamos outro rumo. Temos que arrumar uma solução.
Os três amigos, continuava a falar em segredo, e olhando sempre em nossa direção. Curioso é que sempre que os encarava, mudavam o olhar para outra direção. Então percebí e cheguei a conclusão que o olhar deles era para as pernas de minha namorada. Até eu não deixaria de olhar para um corpo exuberante como aquele que estava grudado ao meu.
O calor já estava insuportável. O Ar já era rarefeito. Minha camisa de linho, já estava completamente molhada fazendo com que meu corpo sarado mostrasse as formas perfeitas de um atleta, fazendo com que Mary me apertasse ainda mais, ela sentia o prazer de amassá-lo mais e mais. Acho que não há mais confusão nas rua, falou o dono do Bar. Me ajuda a brir as portas, completou.
Que coisa mais gostosa, receber uma lufada de vento vindo da Praia da Avenida da Paz. O bar tinha uma localização privilegiada. A rua do comércio ia justamente desembocar na praia, e aquele vento gostoso era canalizado até o local em que estávamos. O local fora esvaziado rapidamente, ficamos além de nos dois, o dono do bar e mais quatro amigos que com certeza eram frequentadores assíduos, tomando sua gelada, desde o momento que lá chegamos.
Vamos tomar alguma coisa gelada, meu querido? Estavas advinhando meus pensamentos? respondi. Não, apenas estou com muita sede. Posso pedir uma cerveja, perguntei. Ela apenas confirmou o sim com aceno de cabeça. Vou servir apenas uma okey, já é muito tarde e eu também tenho mulher e filhos, returcou o dono do bar. Não tem problema; estamos apenas querendo matar a sede.
